Valdivia, ainda com 'meia magia', luta contra as lesões
Mago, presente em pouco mais da metade dos jogos, trabalha em três períodos para voltar. Caro, chileno se sente em dívida
Já se passaram quase nove meses desde a reestreia de Valdivia com a camisa do Palmeiras, em 22 de agosto de 2010, em empate sem gols com o Guarani, em Campinas.
O maior desafio do chileno, até agora, ainda é vencer os problemas musculares na coxa esquerda. Desde a sua volta ao clube, o Mago participou de 53,4% dos jogos disputados pelo Verdão no período (atuou em 31 das 58 partidas do clube).
Investimento de R$ 14 milhões da antiga diretoria, o Mago gera questionamentos internos quanto ao seu custo benefício. Ele tem um dos salários mais altos do elenco e continua sendo uma aposta de Luiz Felipe Scolari para o Brasileirão.
Se ele jogou pouco, o Palmeiras é mais produtivo com o camisa 10 em campo: 65,5% de aproveitamento com ele, contra 56,5% sem ele.
A ausência também incomoda o meia, que nunca escondeu: está devendo nesta passagem pelo clube.
– Lesão não pergunta quando vem, lesão jogador não planeja. Dias melhores virão, espero ser o cara que vocês querem – escreveu o meia, recentemente, à torcida, no Twitter.
Por fibrose, lesões, ou dores, é a quinta vez que Valdivia tem de ficar afastado da equipe. Chateado, resta ao camisa 10 trabalhar: tratamento intensivo no CT, em três períodos.
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O problema atual, do ponto de vista clínico, foi o mais grave até então: a ruptura de 1,5cm de músculo da coxa esquerda o impedirá de jogar, provavelmente, até a metade de junho.
– Não há remédio para cicatrizar o músculo. É tratamento. Ele está bem melhor das dores, com recuperação dentro do previsto – destacou o médico do clube, Vinícius Martins.
A fibrose, uma espécie de cicatriz que ele tem na coxa esquerda, pode ter gerado um encurtamento dos músculos da região, o que o tornaria mais vulnerável aos problemas.
É só hipótese dos médicos, o que clinicamente não se comprava. O diagnóstico é que todos seus problemas foram distintos, não sendo algo crônico. O último foi o mais grave.
– Foi a única vez que rompeu o músculo – comentou Martins.
Por causa da inconstância do Mago e também de seu substituto (Lincoln voltou a se lesionar e está fora da estreia no Brasileirão), a diretoria quer mais um armador. Espera-se, porém, que Valdivia seja o titular.
Chileno tem apoio da diretoria
Mesmo com sua ausência nos momentos decisivos do Paulistão e da Copa do Brasil, o meia Valdivia segue em alta com a diretoria do Palmeiras. Para os dirigentes, o camisa 10 ainda faz a diferença quando está em campo pelo Alviverde.
– Ele é um jogador que sempre encanta a torcida, é diferenciado. É muito raro encontrar atletas do padrão dele – afirmou o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo.
O dirigente não quer polêmicas por causa da nova lesão do Mago.
– Futebol é assim mesmo. Ele tinha aquele problema antigo (fibrose), ficou tratando e fez um trabalho de reforço muscular no início do ano. Infelizmente, teve uma nova lesão. Acontece – disse Frizzo.